São Paulo é uma cidade que te puxa pra baixo.
Passei alguns dias na estrada, com um calor de mais de 40 graus queimando minhas costas, suada, vermelha, ardendo, sujinha, mas, por incrível que pareça, estava me sentindo bem e feliz.
Onde eu estava não tinha computador com “Speedy” e não tinha rock e não tinha os bares da Augusta, mas tinha muita cerveja para matar a sede, pessoas simpáticas, simples e humildes (pessoas bem diferentes das pessoas “cool, sofisticadas e modernas” de São Paulo). Onde eu estava tinha um rio, e eu ficava horas olhando para as águas correndo, ficava olhando sem pensar. Onde eu estava não tinha “ano novo” e essa babaquice toda de pessoas que se odeiam ficarem se abraçando (se tinha isso eu não vi... não vi luzes nem fogos nem ouvi gritos de “feliz 2008!”) Só me lembro de passar muito mal por causa do calor e da desidratação causada pelo excesso de álcool e apagar minutos antes da meia noite e acordar bem depois disso com um gatinho doentinho afofando minha barriga numa praça onde teve um show do Jair Rodrigues. (oh Dear God... É, nem tudo é perfeito na vida, quem sou eu para querer um show decente na “pqp”...).
Algumas pessoas, querendo me fazer caridade (eu disse que esse povo é legal...), me deixaram usar o computador por algum tempo, e, em 14 minutos de uso de uma Internet discada, a vida voltou a ser uma droga, computador é um grande mal na minha vida, é a droga que faz me sentir pior, pior que todas as ressacas e dores de estômago e de cabeça e todas as dores que todas as outras drogas causam... Mensagens pipocaram no MSN e tentaram acabar com meu dia, também mandei mensagens tentando acabar com o dia dos outros, mas depois simplesmente desliguei a máquina “from hell” e voltei pra minha vida de 1950.
Voltando para São Paulo você sente como aqui é uma cidade do caralho, onde tudo fede, onde as pessoas são extremamente estressadas (e com toda razão...), tudo é lotado e tudo é feio e tudo é um caos.
Um dia eu vou morar no mato, e todos vão me esquecer, e vou ser apenas uma pessoa sem nome e sem passado sentada na beira de um rio vendo a vida passar. Enquanto isso não acontece, aproveito essa zona e me misturo com toda a bagunça e desordem e me sinto em casa.
Passei alguns dias na estrada, com um calor de mais de 40 graus queimando minhas costas, suada, vermelha, ardendo, sujinha, mas, por incrível que pareça, estava me sentindo bem e feliz.
Onde eu estava não tinha computador com “Speedy” e não tinha rock e não tinha os bares da Augusta, mas tinha muita cerveja para matar a sede, pessoas simpáticas, simples e humildes (pessoas bem diferentes das pessoas “cool, sofisticadas e modernas” de São Paulo). Onde eu estava tinha um rio, e eu ficava horas olhando para as águas correndo, ficava olhando sem pensar. Onde eu estava não tinha “ano novo” e essa babaquice toda de pessoas que se odeiam ficarem se abraçando (se tinha isso eu não vi... não vi luzes nem fogos nem ouvi gritos de “feliz 2008!”) Só me lembro de passar muito mal por causa do calor e da desidratação causada pelo excesso de álcool e apagar minutos antes da meia noite e acordar bem depois disso com um gatinho doentinho afofando minha barriga numa praça onde teve um show do Jair Rodrigues. (oh Dear God... É, nem tudo é perfeito na vida, quem sou eu para querer um show decente na “pqp”...).
Algumas pessoas, querendo me fazer caridade (eu disse que esse povo é legal...), me deixaram usar o computador por algum tempo, e, em 14 minutos de uso de uma Internet discada, a vida voltou a ser uma droga, computador é um grande mal na minha vida, é a droga que faz me sentir pior, pior que todas as ressacas e dores de estômago e de cabeça e todas as dores que todas as outras drogas causam... Mensagens pipocaram no MSN e tentaram acabar com meu dia, também mandei mensagens tentando acabar com o dia dos outros, mas depois simplesmente desliguei a máquina “from hell” e voltei pra minha vida de 1950.
Voltando para São Paulo você sente como aqui é uma cidade do caralho, onde tudo fede, onde as pessoas são extremamente estressadas (e com toda razão...), tudo é lotado e tudo é feio e tudo é um caos.
Um dia eu vou morar no mato, e todos vão me esquecer, e vou ser apenas uma pessoa sem nome e sem passado sentada na beira de um rio vendo a vida passar. Enquanto isso não acontece, aproveito essa zona e me misturo com toda a bagunça e desordem e me sinto em casa.
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