domingo, 11 de janeiro de 2009

É tarde. Eu já estava na cama, pronta pra dormir, quando algo me veio na cabeça. Algo que eu deveria ter te dito hoje, no bar, quando estávamos frente a frente e você roçava seu joelho no meu (aposto que você deve estar se dizendo agora que isso é fruto da minha mente perturbada... você nunca faz nada, tudo é fruto da minha cabeça e do meu entorpecimento...). Eu deveria ter te dito que eu estou muito bem agora... Bem demais... Mas estar bem é um saco. Você me faz tanta falta... Tanta falta...
Sinto falta das noites longas e escuras... Sinto falta das lágrimas que escorriam toda vez que você me abraçava e dizia “até logo, sua maluca”... Sinto falta da sensação de formigamento no corpo quando eu tomava todas aquelas doses de pinga barata e cheirava todas as carreiras que me ofereciam no banheiro do boteco sempre que você ia embora e me largava sozinha... Eu sinto tanto a sua falta... A vida ficou tão sem graça sem você. Você foi embora. E ficou só a carcaça aqui. Eu correndo pra cima e pra baixo em busca de algo que valha a pena. Mas só você valia. Agora sigo dormindo. Vazia.